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Método Mãe-Canguru

Em 1979, em Bogotá, Colômbia, foi instituída a técnica Mãe-canguru para a alimentação de RNPT em uma maternidade pública de poucos recursos com o objetivo de aumentar o índice de sobrevivência destes recém-nascidos. O nome Mãe-canguru se deve ao fato de o método ter sido inspirado no animal canguru. O método se traduz no contato pele-a-pele precoce, prolongado e contínuo, entre a mãe e seu recém-nascido de baixo peso ao nascer, no hospital e depois da alta precoce, até cerca de 40 semanas de idade gestacional pós-natal, idealmente com leite materno exclusivo e seguimento adequado. Atualmente, após 20 anos de sua implantação, o método está sendo aplicado em vários países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Estudos realizados em países desenvolvidos mostram que é seguro em termos de respostas fisiológicas do bebê, oferece benefícios em termos de prevalência e duração do aleitamento materno, baixa taxa de rehospitalização e redução do choro.
Estudos em países em desenvolvimento mostram inúmeras vantagens:
· É seguro em termos de mortalidade
· Pode reduzir as taxas de morbidade severa com poucas readmissões
· Reduz a necessidade de equipamentos caros e sofisticados
· Reduz a necessidade de pessoal especializado
· Contribui para a humanização do cuidado neonatal e para criação de maior vínculo
· Permite à mãe tornar-se competente e confiante no cuidado de seu bebê no hospital e em casa

O método pode ser aplicado em maternidades de primeiro e segundo níveis, cujos recursos são muito limitados, se possível a recém-nascidos de peso ao nascer acima de 1800 g, com benefícios, pois permite uma alta mais precoce e mais segura e melhora a perspectiva de sobrevivência e o crescimento do RN pois promove a amamentação e o vínculo afetivo.
Nos recém-nascidos de peso ao nascer entre 1200 e 1800 g, o método apresenta um potencial em reduzir a mortalidade e morbidade nas idades gestacionais ³ 32 semanas. Em idades gestacionais inferiores ocorrem os problemas inerentes à prematuridade (problemas respiratórios, asfixia e etc) que precisam ser avaliados por equipe treinada, sendo aplicado quando a criança apresentar estabilização (em geral 1 a 5 dias de vida) e se possível em um hospital de maiores recursos.
Nas maternidade de segundo e terceiro níveis o método pode ser indicado para todos os RN com ³ 32 semanas e os menores de 32 semanas após estabilização, por equipe treinada, com diminuição do custo da assistência a estes bebês. O contato pele-a-pele deve durar o máximo possível. Quando não puder ser contínuo, deve-se possibilitar contato com duração mínima de 60 minutos por período de 24 horas. As contra-indicações são instabilidade de funções vitais, baixo peso extremo e fase crítica da doença. Pode ser de grande benefício para mães adolescentes e para aquelas com fator de risco social. A alta será quando o bebê for capaz de sugar o peito e deglutir adequadamente com ganho de peso satisfatório (peso de alta de pelo menos 1500g). A mãe deve continuar o método em casa. O seguimento após alta deve ser feito pelo hospital com atenção especializada até pelo menos 40 semanas de idade gestacional corrigida. Desta forma a abordagem humanizada se estende à família do recém-nascido com resultados encorajadores.

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